NOSSA EXPECTATIVA DE MUNDO É A NOSSA CONTRIBUIÇÃO PARA O MUNDO
Somos uma escola mantida pela Associação Vilarejo, uma instituição formada por mães, pais e profissionais da educação que enxergam em suas crianças, e em todos, indivíduos capazes de contribuições únicas para a sociedade hoje e sempre. Portanto, a educação precisa compreender o indivíduo em todas as suas dimensões e complexidade, sendo abraçado por uma comunidade consciente de seu papel na formação desse cidadão.
PARA ISSO, ESTABELECEMOS OS SEGUINTES PILARES QUE BASEIAM TODA A NOSSA REFLEXÃO E PRÁTICA:
GESTÃO COLETIVA E HORIZONTAL
Entendemos, tanto quanto Rudolf Steiner, que a escola não é um espaço apenas de educação de crianças, mas um local de aprendizado social da comunidade: crianças, jovens, famílias, professores, extrapolando o espaço físico para nosso entorno. Nada mais justo que esses atores possam participar ativamente da construção de nossa escola.
Nossas práticas de gestão se baseiam em relações horizontais e com contribuição coletiva, tanto das famílias, quanto do corpo pedagógico. As tomadas de decisão principais são realizadas com total transparência, em assembleia das pessoas associadas, buscando um consenso dentro da nossa diversidade.
Queremos construir uma nova sociedade, permeada por afetos e sem valorização de hierarquias. Para isso, acreditamos que além do resultado final que desejamos, de contribuir com a formação de seres humanos livres, nos importa também escolher caminhos que valorizem a solidariedade, a escuta atenta, o diálogo, o aprendizado e a construção coletiva.
PEDAGOGIA WALDORF
E OUTRAS INSPIRAÇÕES
Um dos nossos pilares é a integração de correntes filosóficas e pedagógicas à Pedagogia Waldorf, que guia nosso planejamento, nosso ritmo e nossa rotina escolar.
Em diálogo com os valores humanitários e humanistas da Antroposofia, acreditamos que outras inspirações podem nos ajudar a construir uma escola que reverencia o desenvolvimento espiritual independente de religião, o autoconhecimento e a autonomia, a ciência e o pensamento crítico; em um exercício de se considerar a realidade discente e valorizar o ser humano historicamente situado, como nos impulsiona Paulo Freire.
Afinal, como ele mesmo nos disse: "Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre."
INCLUSÃO GLOBAL
Ser um microcosmo social, com toda a heterogeneidade que isso significa.
Uma escola que não nega as diferenças, pelo contrário, onde se exercita a consciência de que o diferente é bom, é privilégio de convivência e aprendizado mútuo. E que reconhecer e respeitar o outro deve ser exercício constante de autoeducação.
A inclusão em todos os aspectos é uma diretriz de nossa gestão. Educar numa bolha sempre esteve fora de questão, desde o princípio. Entre as demandas mais importantes para fundação de nossa escola, estarmos alertas e em ação para vivenciar uma educação antirracista e decolonial, em um ambiente que acolhesse a diversidade econômico-social, de gênero e de raça eram condições imprescindíveis. Estarmos preparados para receber, sem rótulos, respeitosa e afetuosamente a neurodiversidade e quaisquer necessidades específicas de crianças e adultos é um ideal coletivo, em permanente aprendizado e construção.
Para nós, escola é lugar de transformações sociais. E o movimento de mudança só começa quando nos abrimos para vivenciar uma coletividade diversa. Só assim é possível educar crianças e famílias para o mundo de verdade.
Sem olhar para os lados, temos apenas a ilusão de estarmos andando para frente.
ANCORAGEM NO CONTEXTO SOCIOCULTURAL LOCAL
Tradução da pedagogia Waldorf para a realidade cultural nordestina recifense, através de um pensamento sócio-político crítico, do fomento das manifestações culturais e de práticas sustentáveis com a comunidade e o meio ambiente.